Até 220vv o coração aguenta

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rasto



Eu não estou louco. Ou talvez esteja. Multiplicações de ti penetram o meu ego, vejo-te em toda a parte, sigo o rasto das pegadas invisíveis que deixaste na minha alma.


És tu?

Vejo-te prismada no meu reflexo, nas minhas intenções, quanto mais força faço por te esquecer mais recordações me atacam, quentes [lembras o abraço, nosso, cruzado de mãos, o teu coração na minha boca, o meu aos teus pés], assombrações que me cobrem o rosto de véus e respiram sobre o meu peito o peso que ainda (te) sinto


Omnipresença.
Agora estás, agora partiste, agora ficaste
[em mim, a doer, a consumir homem]



Sempre foi assim.
A tua presença a impôr espaço e tempo muito para além do lugar ocupado, da sombra reflectida, do toque nos objectos, do abraço quente.


Um leve rasto aporta-me. Sei quem és, sei que és. Egoísmo olfactivo que consome as memórias deixadas impressas nas léguas do tempo. Esvanecer, esbater, desaparecer. Quisera eu. Tão pouco me sais da pele quanto mais do sabor das lembranças.


ecg

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Arritmias

Onde tudo se pode ler do fim para o céu e do topo para a terra