Até 220vv o coração aguenta

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patamares

Afinal é tudo mentira. É um inferno, não são patamares, é veneno que se bebe sabendo que mata e ainda assim pede-se a dependência, a subida, o enlace, o empurrão para a queda, penduro-me em ti com os pés no chão, a consciência que me humaniza condena-me à bestialidade de me encolher aquado na pele deste corredor que se fecha num arco completo a círculos em que te cruzo cadeados de mão.



[VAMOS CAÍR]

Tenho uma vontade louca de entrar e experimentar. Mas os pudores atam-me mãos e gesto, talvez me fique de mãos nos bolsos à espera que me toques leve e incites a sentir temperaturas. Tenho uma vontade louca de te saber quente, não, morna, não quero arder atado. Talvez experimente um leve, leve cingir mas nada de encurralares a minha emoção. Arrisco...




[SOBE? VAMOS PARA O MESMO ANDAR]



Estádios, níveis, elevadores, classificações, apontamentos, corrimão, cerca e varandim, é uma prisão deslumbrante em que o escravo se acaba de amores pelo carcereiro encapuzado na pele do peito, em que o pedinte se despe para vestir o rei e todos os abraços são moeda, não sei se falo de mim, se falo do que me fazes quando me cinges e confinas neste patamar sem néon de exit, sou burguês, gosto de festas e de melodramas com barulho de lágrimas.





[SOBE? PARA QUE ANDAR VAI?]








ecg

1 comentário:

casa de passe disse...

cair! que importa? muitas vezes caí e estou velho, mas inteiro.
experimentar! claro, entra e experimenta, experimentei e estou velho e inteiro.
e, se os elevadores estiverem avariados, galga os degraus e três e três, enquanto és novo e podes.
eu já galguei mas, estou velho e já não posso...


Ernesto, o avô

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Arritmias

Onde tudo se pode ler do fim para o céu e do topo para a terra