Até 220vv o coração aguenta

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raízes

Chegaste até aqui, nada se perdeu, enraíza-se a vontade, do costume a singularidade do pisar, impressão indelével, sei-te na partida, não o choro mas escavo saudades à procura.

Há raízes tuas por dentro do universo. O núcleo o meu coração.

[Danças profanas-me]



Fantasio que do teu crescer sou parte comum.


As raízes alastram-se afora. Mesmo que chegue a maré e alise tudo, o peso afundado, a cava do pé, as cinco marcas do coração fica sempre o teu andar. Copio as tuas passadas...



Sigo [te nas raízes e voo]



Linhas imensuráveis. Percorro-as mas não consigo alcançar-te. Não quero. Sei que o convite que fazes é para ser enunciado na presente lembrança do que é teu.


São ensaios?

Pergunta vã.

Pontilhada ou arrastada há sempre marcas, até no titubear da madrugada bebeda a graciosidade dos afagos ensina quem tu és, pé-ante-pé, é um derramar continuado que me obrigam os olhos a contar-te o silêncio evitado ou os ruídos que abafas no adivinhar de quem chega.



És tu?

Pergunta vã.

Conheço-te os trilhos e pergunto. É o gozo do escuro que me põe a sentir-te chegar.



Imensurável: Das léguas que aprofundas na terra-mãe e que em subterrâneos cravas dança, fazes ninho, odoríferas mandrágoras, poiso e plantio, largas rasto, lastro, a quem te seguir nos palmos enraizados a descoberta de linhas no carreiro fino e formiguento da dormência dos passos, levas pantano e areia e ainda solo firme.


Há sempre um ainda, um pouco mais. Exibes alado o que está firme. Adiante abismos, assim é o carácter revelado para quem te [tenta] prender.



ecg

1 comentário:

AnaMar (pseudónimo) disse...

...Tudo se transforma...

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Arritmias

Onde tudo se pode ler do fim para o céu e do topo para a terra