Eu não estou louco. Ou talvez esteja. Multiplicações de ti penetram o meu ego, vejo-te em toda a parte, sigo o rasto das pegadas invisíveis que deixaste na minha alma.
És tu?
Vejo-te prismada no meu reflexo, nas minhas intenções, quanto mais força faço por te esquecer mais recordações me atacam, quentes [lembras o abraço, nosso, cruzado de mãos, o teu coração na minha boca, o meu aos teus pés], assombrações que me cobrem o rosto de véus e respiram sobre o meu peito o peso que ainda (te) sinto
Agora estás, agora partiste, agora ficaste
[em mim, a doer, a consumir homem]
A tua presença a impôr espaço e tempo muito para além do lugar ocupado, da sombra reflectida, do toque nos objectos, do abraço quente.
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